segunda-feira, 30 de maio de 2011

Sonangol investe USD 50 milhões na Zona Económica Especial


Luanda – As oito unidades fabris da Zona Económica Especial Luanda/Bengo (ZEE) inauguradas a 27 de Maio, estão orçadas em 50 milhões de dólares norte-americanos anunciou hoje, segunda-feira, em Luanda, o presidente do Conselho Executivo da Sonangol Investimentos Industriais (SIIND) - subsidiária da Sonangol EP, Bravo da Rosa.
 
O gestor prestou essa informação numa conferência de imprensa que visou esclarecer questões técnicas sobre a actividade da ZEE, das fábricas e explicações relativas ao seu plano de desenvolvimento.
 
Segundo Bravo da Rosa, o investimento da Sonangol na ZEE consistiu basicamente na aquisição de equipamentos destinados à montagem e funcionamento das indústrias.
 
Na ocasião, os responsáveis da SIIND informaram a realização, entre 8 a 30 de Junho deste ano, de actividades visando a promoção das indústrias que a Sonangol pretende implementar na ZEE, um programa destinado, principalmente, a empresários nacionais com o objectivo de encontrar investidores interessados.
 
De acordo com Bravo da Rosa, os empresários nacionais têm prioridade para investir na ZEE, desde que reúnam requisitos como pessoa colectiva legalizada, com propostas empresariais capazes de criar mais-valias, através da possibilidade real de altos níveis de produção e criação de postos de trabalho, valor acrescentado do produto final e utilização de matérias-primas nacionais.
 
O projecto não admite propostas empresariais que proponham fabricar explosivos, fogo de artifícios, material bélico e que a sua actividade seja nociva ao ambiente ou a segurança de pessoas e bens.
 
Quanto à participação estrangeira na ZEE, os gestores responderam que excepcionalmente serão admitidas participações de investidores expatriados que tragam know-how tecnológico e que dominem o sector em que pretendam investir.
 
Relativamente à reposição de peças sobressalentes para as indústrias, informaram que a empresa firmou contrato com companhias estrangeiras para o fornecimento.
 
De acordo com Bravo da Rosa, a médio e longo prazos as matérias-primas importadas para o funcionamento das fábricas poderão ser produzidas no país.
 
Sobre o fornecimento de electricidade às unidades fabris, a ZEE conta com 60 Kilovolts de uma subestação local, 30 kilovolts provenientes de uma barragem e ainda com um grupo de geradores como alternativa.
 
O projecto da ZEE prevê a implantação de 73 unidades fabris. Nesse momento, já funcionam as fábricas Angolacabos Lda, de fabrico de cabos de fibra óptica, Indutive-fabricação de tintas e vernizes, Matelétrica- fabricação de material eléctrico, Mangotal, fábrica de torres metálicas, Pivangola, indústria de pivões de irrigação, Pipeline Angola, de produção de tubos PVC, e a fábrica de vedações e arames, Vedatela.
 
A orientação para a materialização do projecto das zonas económicas especiais foi dada pelo Presidente da República, em 2005, para o coordenador do Gabinete de Reconstrução Nacional, na ocasião o General Kopelipa.
 
As zonas foram apontadas como modelos apropriados do ponto vista institucional, administrativo, económico, em determinadas regiões geográficas de Angola, no âmbito do relançamento e desenvolvimento da economia real e do empresariado nacional, na perspectiva de constituição de eixos regionais geradores de desenvolvimento sustentável.

Fonte: JA

Sem comentários:

Enviar um comentário