segunda-feira, 30 de maio de 2011

José Severino defende o equilíbrio nos benefícios fiscais e aduaneiros

AIA está preocupada com a eventual retracção do espírito de investimento dos empresários
Fotografia: Jornal de Angola
O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, manifestou na sexta-feira que o Executivo angolano deve conceder os mesmos benefícios fiscais e aduaneiros que forem atribuídos às indústrias da Zona Económica Especial (ZEE) aos empresários que investirem fora dela, a fim de existir concorrência leal no mercado.
 Em declarações à Angop, a propósito da inauguração de oito novas indústrias da ZEE, o presidente da AIA justificou que se os benefícios fiscais e aduaneiros não forem concedidos à indústria nacional, na óptica do equilíbrio, os empresários fora do quadro da ZEE vão ter dificuldades em competir, e se isso acontecer prejudica os concorrentes e retrai o espírito de investir dos empresários.
 “É preciso que haja aqui um equilíbrio para também dar ao investimento privado as mesmas condições que as das unidades fabris da ZEE, sejam elas aduaneiras ou fiscais, para que haja concorrência leal”, disse o interlocutor. Relativamente às fábricas inauguradas na ZEE, referiu que o aspecto mais saliente nelas não são as indústrias em si porque ainda estão longe de uma competição externa, mas as infra-estruturas que permitem a todas as fábricas terem uma perspectiva de desenvolvimento.
Segundo José Severino, algumas tecnologias usadas naquelas unidades fabris estão mais preparadas para o comércio interno e não tanto para a zona de comércio livre da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), para a qual Angola está a preparar-se para aderir.
 “Mas temos que entrar na zona de comércio livre porque há compromisso político. Evidentemente que essas fábricas têm espaço e condições para fazerem introdução de novas economias”, disse o responsável da AIA, reconhecendo as inovações trazidas ao sector industrial com as novas inaugurações, nomeadamente a produção de pivôs de irrigação agrícola e de vedações e arames, que costumam ser importados de várias partes do mundo. O presidente da AIA disse que a produção de pivôs de irrigação agrícola é uma forma de acelerarmos a nossa competitividade agrícola.
 Referindo-se à proibição de importar matérias-primas e bens secundários a utilizar nos projectos de produção, desde que se encontrem disponíveis no mercado nacional, disse que “a AIA não é pela proibição da importação de produtos que também são produzidos aqui, mas defende a competitividade, embora as nossas indústrias tenham constrangimentos”.

Fonte: Jornal de Angola

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