terça-feira, 29 de março de 2011

Inaugurado mais um moinho na Nova Cimangola

Nova Cimangola vai fazer fase à importação de cimento
Nova Cimangola vai fazer fase à importação de cimento


Luanda - Um novo moinho de cimento (denominado 6º moinho), com capacidade para produzir 600 mil toneladas/ano, foi inaugurado nesta segunda-feira na Nova Cimangola, elevando a sua capacidade de produção para um milhão e 800 mil toneladas/ano, anunciou o administrador da empresa, Manuel Pacavira Júnior. 

O projecto avaliado em 21 milhões de dólares norte-americanos é integralmente financiado por recursos próprios da empresa e vai contribuir para a redução da importação de cimento no país.
Com a entrada em funcionamento do novo moinho, a Nova Cimangola terá a capacidade de produzir 120 toneladas/hora de cimento, o que corresponde a 600 mil toneladas por ano.
Trata-se de um investimento de importância estratégica para o sector do cimento e para o país, pois representa um passo decisivo no reforço e sustentabilidade da indústria nacional.
Na cerimónia de inauguração, o ministro da Indústria, Joaquim David, afirmou que existe uma preocupação séria por parte do Executivo angolano pelo facto do custo do material de construção civil no país ser bastante elevado.
O governante sublinhou que esta situação tem um impacto negativo para a juventude, as novas gerações e, fundamentalmente, para a economia, pois grande parte da informalização da economia resulta do elevado custo de construção.
Por este facto, esclareceu, foi criada a Comissão de Cimento com vista a defender os trabalhadores do sector, manter os postos de trabalho e as instalações fabris em pleno funcionamento, mas também para catalizar a criação de novas unidades de forma a que nos anos 2015/2016 Angola passe de importador de cimento para exportador.
Afirmou que o Executivo está ao corrente das dificuldades concorrenciais do mercado no país e tudo será feito para que as empresas nacionais possam continuar a laborar plenamente.
"O Executivo tem responsabilidades sociais. É importante para nós que o preço do cimento resulte na redução do custo de construção civil no país e na melhoria da nossa economia, passando de uma economia com acento em informalização muito grande para uma mais formal", disse.
Neste âmbito, afirmou, o Executivo conta com as empresas nacionais no sentido de produzirem em quantidade, qualidade e a baixo preço, de maneira que possam competir com a importação, de forma a que o custo para as novas gerações de formalização e de habitação seja aceitável.
Entretanto, o administrador da Nova Cimamgola, Manuel Pacavira Júnior, afirmou que nos últimos dois anos a empresa tem vindo a observar um decréscimo significativo nas vendas de cimento (não ultrapassando os 65% da capacidade), não só pelo constrangimento causado pela crise financeira mundial,   como devido ao facto de se verificarem grandes quantidades de cimento importado proveniente da China.

Fonte: Angop

Sem comentários:

Enviar um comentário