quinta-feira, 21 de julho de 2011

Parceria entre Angola e China - Fomento de Emprego


Na abertura do Fórum Fernando da Piedade sugeriu um maior equilíbrio nas balanças de pagamento nas relações económicas China-CPLP
Fotografia: Santos Pedro
O Executivo angolano está a incentivar o surgimento de novas parcerias para promover a transferência de tecnologia, conhecimento e capital, com vista a estimular a competitividade, criação de emprego e riqueza, disse ontem, em Luanda, o Vice-Presidente da República.

Ao discursar na abertura do Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a República da China e os Países de Língua Portuguesa (CPLP), que termina hoje, nas instalações da Feira Internacional de Luanda, Fernando da Piedade Dias dos Santos disse que o tema escolhido para o encontro (Juntos na cooperação para o desenvolvimento) evidencia o empenho do Executivo no incentivo às parcerias.

Fernando da Piedade Dias dos Santos destacou também os laços de cooperação e irmandade que unem os países e povos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Frisou que a disponibilidade de Angola em albergar o Fórum testemunha a importância que o seu Executivo atribui ao fortalecimento das relações, neste mundo cada vez mais globalizado.

O Vice-Presidente da República sublinhou que o evento, enquanto mecanismo complementar na cooperação entre os países membros, permite consultas mútuas e regulares e, consequentemente, a consolidação e o aprofundamento das relações económicas e comerciais entre os empresários. 

"Esta iniciativa multilateral constitui uma plataforma incontornável para o desenvolvimento sustentável dos nossos países, contribuindo positivamente para o reforço das relações económicas, comerciais e culturais", afirmou o Vice-Presidente da República, reconhecendo o papel de Macau na aproximação e estreitamento dos laços económicos e culturais entre os países da comunidade lusófona.

O espaço geográfico que compreende a China e os países de língua portuguesa, salientou, representa um mercado com um número considerável de consumidores e constitui uma porta para o acesso a várias regiões económicas do mundo. 

Fernando da Piedade Dias dos Santos afirmou que a realização do encontro empresarial testemunha, de forma inequívoca, a importância que os governos atribuem à necessidade de continuar a consolidar a cooperação, estabelecer parcerias e promover as relações comerciais no quadro do reforço da amizade e solidariedade entre os povos chinês e os países de língua portuguesa.


Tecnologias


Fernando da Piedade Dias dos Santos sublinhou que a multiplicidade de níveis de desenvolvimento tecnológico constitui igualmente um factor de complementaridade entre os diferentes países. Neste contexto, defendeu a aplicação do potencial financeiro e tecnológico das empresas chinesas no apoio ao crescimento do sector industrial da CPLP, que está em fase de transformação e de inovação tecnológica.

O Vice-Presidente disse que as trocas comerciais podem ser incentivadas desde que tragam valor acrescentado para as economias mais frágeis. "Precisamos solidificar os laços que unem os nossos países, para vencermos os desafios de ordem económica e financeira que enfrentamos", referiu Fernando da Piedade Dias dos Santos, para quem a crise económica que afecta a economia mundial desde 2008 deve servir de reflexão para os governos dos Estados-membros identificarem soluções para ultrapassarem os seus efeitos.

Investimento seguro

O Vice-Presidente da República afirmou que a economia angolana tem dado sinais claros de recuperação, apesar de algum abrandamento registado devido à crise económica e financeira internacional. Lembrou que Angola vive, desde 2002, uma situação política estável, o que permitiu ao Executivo lançar as bases de um vasto programa de reconstrução e recuperação das infra-estruturas destruídas durante o longo período de conflito armado.
Fernando da Piedade Dias dos Santos afirmou que as potencialidades de Angola são conhecidas e a nova lei de investimento, recentemente aprovada pelo Parlamento, garante uma melhor protecção ao investimento privado.
"Os dados referentes ao comércio e ao investimento entre os países que integram o Fórum Macau demonstram claramente o trabalho que ainda está por fazer para trazer um maior equilíbrio nas balanças de pagamento", salientou o Vice-Presidente.

Fonte: JA

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