sexta-feira, 7 de outubro de 2011

TRABALHOS DE CAMPO DO MINISTRO DO URBANISMO E CONSTRUÇÃO

Fernando Fonseca reprova a reabilitação de troço rodoviário na província do Cunene e recomenda rigor e eficiência na execução dos trabalhos
Fotografia: Flávio Neto

Problemas financeiros e divergências quanto à qualidade de execução dos trabalhos de reabilitação do troço de 166 quilómetros que liga Ondjiva ao Cuvelai, na Estrada Nacional 120, na província do Cunene, estão na base da paralisação da obra, constatou o Jornal de Angola no local, durante a visita do ministro do Urbanismo e Construção, Fernando Fonseca.

Adjudicada em Novembro de 2006 à empresa Organizações Ossiwana Shahangana (OOS), a obra devia ter sido concluída no prazo de 15 meses. Dados apresentados pelo fiscal da obra, a empresa WML International, representante do Instituto de Estradas de Angola (INEA), dono da obra, indicam que este prazo foi prolongado até 30 de Junho de 2010.

Os trabalhos de reabilitação consistiam na construção de revestimento em asfalto com largura de 7,4 metros com duas faixas de rodagem, bermas não revestidas, camadas de pavimento e aterros com espessura variável, uma ponte em Cuvelai, dois aquedutos de grande porte, um em Nanuno e outro em Chivemba, e mais de 164 passagens hidráulicas de pequeno porte, de simples e múltiplas bocas.

No projecto também está prevista a demolição de alguns aquedutos existentes e substituídos por outros com maior capacidade de vazão, colocação de drenos profundos, lancis, passeios e abertura de valas laterais a céu aberto e não revestidas, além de sinais de trânsito horizontais e verticais.

Os dados do fiscal da obra referem que, quatro anos depois da sua adjudicação, os trabalhos de desmatação estão feitos na totalidade, foram terraplanados 35 quilómetros, executados 33 de leito, 26 de sub-base e 24 de base, e efectuado o revestimento superficial duplo de 24 quilómetros. O trabalho global executado foi de apenas 13 por cento. “A obra encontra-se totalmente paralisada. O empreiteiro alega estar a enfrentar sérios problemas e não poder registar progresso nos trabalhos. Tanto que dispensou grande parte dos seus trabalhadores”, lê-se numa nota distribuída pelo fiscal da obra, acrescentando que o INEA está a reformular a empreitada e dividiu o referido troço em duas partes, sendo que a primeira será Ondjiva-Omala, de 80 quilómetros, e a segunda Omala-Cuvelai, de 86.

Empreiteiro contradiz fiscal

O responsável da empresa OOS, Marcos Cumprido, discorda dos dados apresentados pelo fiscal da obra, alegando que a paralisação dos trabalhos se deve, antes de mais, a factores naturais. “A província do Cunene não recebia tanta chuva há mais de 40 anos. Choveu durante dois anos consecutivos na cidade de Ondjiva e isso fez com que os trabalhos de terraplanagem, construção de passagens hidráulicas e aterros ficassem danificados”, justificou, acrescentando que já foram asfaltados 25 quilómetros, desmatada e terraplanada toda a extensão do troço Ondjiva-Cuvelai, construídas duas pontes e estando outra em execução.

Marcos Cumprido aponta a crise económica e financeira mundial como outro factor que teve influência na paralisação da obra, uma vez que, por causa dela, o Executivo deixou de ter capacidade para fazer pagamentos pontuais ao empreiteiro, como estava estabelecido em algumas cláusulas do contrato.

“O orçamento acordado na altura da consignação da obra não faz face à realidade actual, por isso, achámos por bem rever o orçamento e refazer o plano de execução, considerando outros factores pertinentes que não constavam no contrato anterior”, explicou, frisando que a revisão do contrato já foi apresentada ao Instituto de Estradas de Angola.

Neste momento, aguardam pela disponibilização dos 20 por cento do valor apresentado no orçamento revisto para recomeçarem os trabalhos de reabilitação do troço.

Má execução dos trabalhos
“Conforme viram, temos o estaleiro central montado, os camiões preparados e tão logo seja disponibilizado o dinheiro, arrancamos com os trabalhos”, afiançou.

Questionado sobre o valor apresentando no novo orçamento, alegou que “essa questão do valor deve ser da responsabilidade do dono da obra, que é o Instituto de Estradas de Angola, pois é ele que faz a planificação do projecto. Nós não estamos autorizados a falar sobre o orçamento da obra”. O ministro do Urbanismo e Construção, que visitou demoradamente o troço, considerou que a obra apresenta “situações de muito má execução”.

“Temos troços de estradas muito bem executados, completos, muito bem feitos e que correspondem consideravelmente a todo o trabalho de engenharia, mas também temos troços, como o de Ondjiva-Cuvelai, de 166 quilómetros, na Estrada Nacional 120, que apresentam situações muito más de execução”, referiu.

Fernando Fonseca acrescentou que o seu Ministério há três meses que está a trabalhar com o empreiteiro, no sentido de imprimir outra dinâmica aos trabalhos, tendo sido tomadas algumas medidas, entre as quais dividir o troço em várias fases mais curtas e incorporar outros empreiteiros com maior capacidade, uma vez que o período das chuvas está a aproximar-se.

“Ao observarmos o grau de execução dos empreiteiros e a qualidade da obra, isso permite-nos tomar medidas em relação ao pronunciamento e posição que os empreiteiros devem ter e ao Instituto de Estradas de Angola e Ministério do Urbanismo e Construção, no que toca ao cumprimento dos contratos que temos em vigor”, adiantou.
 
Fonte: Jornal de Angola

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Executivo Angolano Apresenta Balanço de Actividades

Executivo angolano apresentou um balanço positivo da governação durante o segundo trimestre deste ano e reafirmou a política habitacional

Luanda: O ministro de Estado e chefe da Casa Civil do Presidente da República, Carlos Feijó, reiterou, ontem, a determinação do Executivo em reduzir o défice habitacional em Angola, através do aumento da oferta de mais fogos habitacionais a preços acessíveis e da redução ao máximo da carga fiscal de modo a influenciar a redução do preço final das habitações a serem colocadas no mercado.

Carlos Feijó, que falava na conferência de imprensa de balanço da actividade governativa no segundo trimestre do corrente ano, disse que o Executivo está empenhado em reduzir os encargos fiscais e parafiscais para, assim, no âmbito das suas competências, assegurar que o preço final dos apartamentos permita a recuperação do investimento, mas também garantir a acessibilidade das casas.

Ladeado pelos ministros do Urbanismo e Construção, Finanças e pelo governador do BNA, o ministro de Estado esclareceu que numa reunião com os bancos comerciais foram abordadas situações como a liquidez e os tipos de garantias de crédito bancário, mas também as taxas praticadas e o período de reembolso do crédito, com o propósito de encontrar um “preço acessível”, tendo em conta os rendimentos das famílias.

A entrada em funcionamento das primeiras unidades fabris da Zona Económica Especial foram apontadas pelo ministro de Estado como outro sinal positivo no sentido de se cumprir o objectivo de reduzir as importações. Carlos Feijó salientou que, apesar de não ser o momento para falar de projectos do Executivo para o futuro, quando as 73 fábricas estiverem a operar será enorme o impacto sobre as importações e os preços.

Ainda no que se refere ao cumprimento de algumas promessas feitas no balanço anterior, Carlos Feijó apontou o incremento salarial com base no princípio da discriminação positiva. Com base nesta medida tomada por Decreto Presidencial começaram a ser processados os salários da função pública com um incremento de 40 por cento para as classes mais baixas, como auxiliares e operários, e de 20 por cento para os técnicos médios.

Em relação à redução dos preços e à qualidade de vida das populações, Carlos Feijó referiu-se ainda a um conjunto de medidas que começam a ser implementadas pelo Executivo, e que foram por si referenciadas na conferência de imprensa anterior. “Nós tínhamos prometido que iríamos propor à Assembleia Nacional a aprovação de créditos adicionais, sobretudo para determinadas áreas de actividade, nomeadamente em termos de comércio, em matéria de organização, principalmente do comércio rural, e créditos adicionais para o Ministério dos Transportes e para o Ministério do Urbanismo e Construção”, lembrou o ministro de Estado.

Carlos Feijó revelou que o crédito adicional para o Ministério dos Transportes destina-se a investir em meios para ajudar o escoamento dos locais onde são produzidos até aos centros abastecedores e aos consumidores. A requisição de créditos adicionais para o Ministério do Urbanismo e Construção foi feita, segundo esclareceu, para financiar a construção ou reparação das vias terciárias e secundárias. 

“Como devem calcular, para mantermos a inflação em níveis minimamente aceitáveis, dentro da nossa programação, não seria suficiente actuar no domínio fiscal e monetário. Era necessário actuar noutras vertentes, nomeadamente na área produtiva, substituição de importações, no incremento da produção local e, no nosso caso concreto, na melhor organização e estruturação do comércio para que os produtos possam chegar ao consumidor em tempo oportuno. Porque vimos que muitos dos produtos, não chegando ao ponto de destino, têm estado a pesar demasiado nos nossos ponderadores para o cálculo da inflação”, disse.

Com o programa combinado de construção e recuperação das vias terciária e secundárias, através do qual o Executivo quer ligar áreas produtoras e centros de consumo, o objectivo é melhorar os processos de transporte e, ao mesmo tempo, cuidar destas infra-estruturas.

O Governo pretende aperfeiçoar os mecanismos de contacto com a sociedade, elegendo para o efeito o sítio na Internet da Casa Civil, no qual vai ser disponibilizada vário tipo de informação, como as medidas adoptadas ou a actividade diária do Presidente da República, “numa perspectiva interactiva e dinâmica”.

O ministro de Estado e Chefe da Casa Civil do Presidente da República adiantou que está a ser preparado um novo modelo de comunicação, que vai resultar “num processo de diálogo entre titulares de departamentos ministeriais e a população”, além das conferências de balanço trimestral da actividade governativa.

Fonte: Angop


Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012 - fortalecem relações entre Grã-Bretanha e Angola

Luanda – O embaixador do Reino Unido em Angola, Richard Wildash, disse quinta-feira, em Luanda, que os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2012 são uma oportunidade para fortalecer as relações entre a Grã-Bretanha e Angola.

Ao discursar numa cerimonia em que foi anfitrião e que visou assinalar a contagem regressiva, um ano antes do início do evento desportivo mundial, Richard Wildash fez um enquadramento da sua condição de diplomata para demonstrar como, não sendo atleta, os Jogos são também uma grande oportunidade para si.

Assim, explicou que por ser diplomata o seu trabalho consiste no relacionamento entre governos, entre os povos, e o desporto une os povos, fortalece o entendimento. “Neste momento, a minha missão é cá em Angola. Então os Jogos serão para mim e para os meus colegas na Embaixada, uma oportunidade para fortalecer as relações entre a Grã-Bretanha e Angola".

Num acto em que contou com a presença da vice-presidente da assembleia nacional Joana Lina, o ministro da Juventude e Desportos, Gonçalves Muandumba, políticos, deputados, diplomatas, desportistas, o embaixador disse ser o momento também para enviar uma mensagem a todos os angolanos de que a Grã-Bretanha “está ansiosa em recebê-los”.

Assim, convidou os angolanos a visitar a Grã-Bretanha, "um lugar tão grande" para viver, trabalhar, investir e fazer negócios; e enumerou diversos atrativos. Por exemplo, para estudantes, lembrou que podem encontrar quatro das dez melhores universidades do mundo; aos empresários, indicou que o país tem uma das economias mais abertas do mundo, o lugar mais fácil na Europa para criar e gerir um negócio, o segundo pais no mundo em prêmios Nobel em ciência e tecnologia.

Para os turistas, o embaixador recomendou a Grã-Bretanha pela sua “grande variedade de impressionantes paisagens naturais, cidades e vilas culturalmente diversificadas, três dos cinco principais museus e galerias do mundo, melhores festivais de música e com 25 monumentos patrimônios mundiais atribuídos pela UNESCO. Os fã de futebol, por seu turno, segundo o diplomata, terão a liga de futebol mais popular do mundo e os jogos olímpicos e paraolímpicos verdadeiramente sustentáveis no mundo.

Num discurso dominado pelos pontos altos da organização londrina, o qual assegurou tratar-se já dos Jogos que mais se preocupa com o ambiente, Richard Wildash sustentou que as instalações desportivas não só oferecem “excelentes instalações para os atletas mundias de topo, mas também demonstram um compromisso notável com o ambiente, colocando a sustentabilidade no epicentro da construção, tornando Londres2012 nos mais ‘verdes’ Jogos da história”.

Fonte: Angop

quinta-feira, 21 de julho de 2011

BESA lucra USD 331 milhões em 2010

Luanda - O resultado líquido do exercício do BESA, Banco Espírito Santo de Angola, atingiu, no último exercício, os USD 331,386 milhões, uma subida significativa em relação ao exercício anterior: mais 57%. Com este resultado o BESA passa a ser o banco que maiores lucros apresenta no contexto da banca nacional.

O activo líquido do banco atingiu em 2010 os USD 7.892 milhões, um acréscimo de 23% e relação ao exercício anterior, valor que coloca o banco na segunda posição do ranking da banca angolana no que toca ao volume de activos sob gestão.

O crédito bruto a clientes aumentou 55% nos dois últimos exercícios, passando de USD 2.410 milhões para perto de USD 3.773 milhões. Em consequência as provisões para crédito a clientes aumentaram em 95%, situando-se, no final do último ano, em pouco mais de USD 60 milhões.

O BESA detém a maior quota de mercado no sistema bancário nacional no que respeita a crédito concedido a clientes e títulos 25,5% do total, seguido do BAI com 16,9%, BFA com 12,7%, BIC com 10,4% e BPA com 4,6%.

Os indicadores de rentabilidade apresentaram uma evolução muito satisfatória, com o ROE, indicador que mede a rentabilidade dos capitais, a avançar 1% em relação a 2009 (situou-se em 88,1%) e o ROA (indicador que afere a rentabilidade dos activos) a crescer 25%, passando de 3,9% no exercício de 2009 para 4,9% no de 2010.

Quanto à robustez financeira, o rácio de solvabilidade (TIER I) situouse em 15,4%, contra os 12% apurados em 2009.


O ano do melhor desempenho Estes indicadores levam Álvaro Sobrinho, presidente da comissão executiva do BESA, a salientar, na mensagem que abre o Relatório e Contas da instituição relativo ao último ano que esta “registou em 2010, a sua melhor ‘performance’ de sempre desde o arranque da sua actividade, há quase uma década, num ambiente de retoma nacional e de condições muito adversas a nível internacional”.

As captações de liquidez aumentaram 23% (mais USD 819 milhões) e os depósitos de clientes 14% (mais USD 350 milhões). Neste domínio o BESA detém uma quota de 10,1% no conjunto do mercado bancário nacional.

“Num contexto de fraca liquidez no mercado nacional, refere o presidente do BESA, a Gestão do Banco diversificou as fontes de “funding”, tendo alavancado o balanço em 131%, representando um acréscimo de 36% em termos homólogos. Adicionalmente, em 2010 o Banco melhorou significativamente o seu rácio de eficiência que se situou em 21%, representando uma melhoria de 6 pontos percentuais na “performance”. No que respeita aos indicadores de funcionamento, o BESA melhorou quanto ao "activo por colaborador e ao "produto bancário por colaborador". Tanto o número de agências/ postos como o número de colaboradores aumentaram, passando as primeiras de 31 para 36 e os segundos de 452 para 509. O número de colaboradores por agência/postos reduziu-se de 15 para 14.
MAIS CLIENTES
O BESA está presente em sete províncias do país, detendo, na sua base de clientes, no final do último exercício 34.933 clientes afluentes (mais 23% que em 2009) e 1.089 clientes private (mais 4% que em 2009). No segmento empresarial o BESA possuía no final do último exercício 281 grandes empresas e institucionais na sua carteira de clientes (mais 4% que em 2009) e 5.030 empresas que operam no segmento médio. No conjunto o BESA contabilizava, em finais de 2010 41.333 clientes, mais 7.240 que no termo do exercício de 2009.

O BESA dispõe de dois centros de Empresas, de um Gabinete de Banca de Investimento, de uma Sala de Mercados e duas fábricas de produtos, a BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento e a BESAACTIF – Sociedade Gestora de Fundos de Pensões. A instituição financeira vem ainda intensificando a sua actuação na área da banca de investimento, designadamente na área do 'project finance'.

Fonte: O País

FILDA 2011 - Hoje é dia de Portugal e Brasil


Luanda – Os Expositores de Portugal e do Brasil na 28ª edição da Feira Internacional de Luanda assinalam hoje (quinta-feira) o dia dos seus países, estabelecido simbolicamente pela organização da maior bolsa de negócios de Angola, para os países com maior parcipação.

A representação portuguesa, presença já tradicional no certame, integra 87 empresas expositoras, de distintos sectores de actividade, como é o caso dos materiais de construção, agro-alimentar, metalurgia e metalomecânica, construção civil, consultoria, e artigos farmacêuticos.

Já o Brasil, que participa na condição de convidado especial, apresenta como destaques as empresas dos sectores da construção, fábricas de alimentos, além dos stands nos segmentos de papelaria, material para escritório, transportes, máquinas industriais e sementes, entre outros.

A edição de 2011 da Filda decorre sob o lema “Os desafios da atracção de investimento: estratégia, legislação, instituições, infra-estruturas e recursos humanos”.

Fonte: Angop

Parceria entre Angola e China - Fomento de Emprego


Na abertura do Fórum Fernando da Piedade sugeriu um maior equilíbrio nas balanças de pagamento nas relações económicas China-CPLP
Fotografia: Santos Pedro
O Executivo angolano está a incentivar o surgimento de novas parcerias para promover a transferência de tecnologia, conhecimento e capital, com vista a estimular a competitividade, criação de emprego e riqueza, disse ontem, em Luanda, o Vice-Presidente da República.

Ao discursar na abertura do Fórum de Cooperação Económica e Comercial entre a República da China e os Países de Língua Portuguesa (CPLP), que termina hoje, nas instalações da Feira Internacional de Luanda, Fernando da Piedade Dias dos Santos disse que o tema escolhido para o encontro (Juntos na cooperação para o desenvolvimento) evidencia o empenho do Executivo no incentivo às parcerias.

Fernando da Piedade Dias dos Santos destacou também os laços de cooperação e irmandade que unem os países e povos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Frisou que a disponibilidade de Angola em albergar o Fórum testemunha a importância que o seu Executivo atribui ao fortalecimento das relações, neste mundo cada vez mais globalizado.

O Vice-Presidente da República sublinhou que o evento, enquanto mecanismo complementar na cooperação entre os países membros, permite consultas mútuas e regulares e, consequentemente, a consolidação e o aprofundamento das relações económicas e comerciais entre os empresários. 

"Esta iniciativa multilateral constitui uma plataforma incontornável para o desenvolvimento sustentável dos nossos países, contribuindo positivamente para o reforço das relações económicas, comerciais e culturais", afirmou o Vice-Presidente da República, reconhecendo o papel de Macau na aproximação e estreitamento dos laços económicos e culturais entre os países da comunidade lusófona.

O espaço geográfico que compreende a China e os países de língua portuguesa, salientou, representa um mercado com um número considerável de consumidores e constitui uma porta para o acesso a várias regiões económicas do mundo. 

Fernando da Piedade Dias dos Santos afirmou que a realização do encontro empresarial testemunha, de forma inequívoca, a importância que os governos atribuem à necessidade de continuar a consolidar a cooperação, estabelecer parcerias e promover as relações comerciais no quadro do reforço da amizade e solidariedade entre os povos chinês e os países de língua portuguesa.


Tecnologias


Fernando da Piedade Dias dos Santos sublinhou que a multiplicidade de níveis de desenvolvimento tecnológico constitui igualmente um factor de complementaridade entre os diferentes países. Neste contexto, defendeu a aplicação do potencial financeiro e tecnológico das empresas chinesas no apoio ao crescimento do sector industrial da CPLP, que está em fase de transformação e de inovação tecnológica.

O Vice-Presidente disse que as trocas comerciais podem ser incentivadas desde que tragam valor acrescentado para as economias mais frágeis. "Precisamos solidificar os laços que unem os nossos países, para vencermos os desafios de ordem económica e financeira que enfrentamos", referiu Fernando da Piedade Dias dos Santos, para quem a crise económica que afecta a economia mundial desde 2008 deve servir de reflexão para os governos dos Estados-membros identificarem soluções para ultrapassarem os seus efeitos.

Investimento seguro

O Vice-Presidente da República afirmou que a economia angolana tem dado sinais claros de recuperação, apesar de algum abrandamento registado devido à crise económica e financeira internacional. Lembrou que Angola vive, desde 2002, uma situação política estável, o que permitiu ao Executivo lançar as bases de um vasto programa de reconstrução e recuperação das infra-estruturas destruídas durante o longo período de conflito armado.
Fernando da Piedade Dias dos Santos afirmou que as potencialidades de Angola são conhecidas e a nova lei de investimento, recentemente aprovada pelo Parlamento, garante uma melhor protecção ao investimento privado.
"Os dados referentes ao comércio e ao investimento entre os países que integram o Fórum Macau demonstram claramente o trabalho que ainda está por fazer para trazer um maior equilíbrio nas balanças de pagamento", salientou o Vice-Presidente.

Fonte: JA

Ministro Português Paulo Portas visita Angola

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Paulo Portas, inicia hoje uma deslocação a Angola, Moçambique e Brasil, uma viagem que aposta nas vertentes da diplomacia económica e da língua.


De acordo com o programa da visita, Paulo Portas chega hoje a Luanda, tendo como primeiro ponto na agenda um encontro com o homólogo angolano, George Chicoty.

Durante a tarde, o ministro visita a Feira Internacional de Luanda (FILDA), onde estarão mais de 100 empresas portuguesas, e participa na reunião do quarteto da Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) para a Guiné-Bissau.

Ao final do dia janta com empresários a convite da Câmara de Comércio Portugal-Angola.

Na sexta-feira, Paulo Portas junta-se aos homólogos de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste na reunião anual do Conselho de Ministros da CPLP, que irá fazer o balanço de meio mandato da presidência angolana da organização e aprovar o roteiro para a reforma do setor de defesa e segurança na Guiné-Bissau. 


O dia de sábado é dedicado à língua portuguesa com uma deslocação ao Centro Cultural Português, do Instituto Camões, onde visitará uma exposição de trabalhos de alunos da Escola Portuguesa de Luanda.

No domingo, já na capital moçambicana, Paulo Portas almoça com o embaixador de Portugal em Maputo, Mário Godinho de Matos, seguindo-se um encontro com empresários portugueses na residência do embaixador.

Um jantar no domingo e um encontro de trabalho na segunda-feira com o homólogo moçambicano, Oldemiro Balói, fecham a agenda da visita de Paulo Portas a Moçambique.

O ministro chega terça-feira a Brasília, reunindo-se no dia seguinte com o ministro das Relações Exteriores do Brasil, António Patriota.

Na quinta-feira, Paulo Portas parte para Lima, Peru, onde irá representar Portugal na tomada de posse do novo presidente do país, Ollanta Humala.

Fonte: Diário Digital / Lusa 

terça-feira, 19 de julho de 2011

Crédito de Promossão do Comércio Rural

O BDA, Banco de Desenvolvimento de Angola, será o gestor do crédito de promoção do comércio rural, a ser implementado em breve pelo executivo angolano, apurou a RNA.

O dado foi avançado pelo presidente do conselho de administração do BDA, Paixão Franco, que assegurou que “vamos entrar numa fase de consolidação das nossas estruturas, temos uma carteira de crédito estimada em cerca de 500 milhões de dólares e cerca de 135 projectos financiados. Nos próximos dias ver-se-á uma série de projectos a serem inaugurados na indústria de material de construção ou ao nível da agricultura”.

Paixão Franco adiantou que será lançado também pelo governo, representado pelo ministério do comércio, o programa de promoção de comércio rural, onde o banco se posicionará como gestor da linha de crédito, e trabalhará em conjunto com outros bancos.

Fonte: RNA

PRODUÇÃO DO CAFÉ EM ANGOLA

Uíge - O vice-governador para o Sector Económico e Produtivo do Uíge, Manuel Correia Victor, apelou sábado, na localidade de Quicaricari, município do Songo, às famílias camponesas para fomentarem a produção do café, como forma de contribuírem para a melhoria da economia da província e do país.

Falando na abertura da campanha de colheita de café referente ao ano agrícola 2010/2011, que decorreu na fazenda Quicazi, município do Songo, a 40 quilómetros da cidade do Uíge, o vice-governador recordou que a produção de café é a principal actividade agrícola da província. O Uíge foi, em anos idos, uma das principais regiões produtoras de café em Angola, tendo contribuído de modo relevante para o crescimento da economia nacional, dado o peso deste produto na exportação, na balança comercial e na formação do produto interno bruto, salientou.

Manuel Correia Victor disse que o Executivo angolano tem vindo a adoptar medidas de política económica que visam o relançamento da produção do café, com o fito de criar mais postos de trabalho, aumentar o rendimento das famílias e garantir a diversificação e sustentabilidade da economia nacional.

“Estas medidas traduzem-se na construção de estradas, implementação do programa da reposição das viaturas perdidas no tempo da guerra, criação de lojas, mercados rurais, concessão de crédito de campanha agrícola, entre outras”, realçou.

Adiantou que o apoio do Executivo em matéria de investigação visa a melhoria da espécie e o aumento da produção por hectare de terra cultivada, o que tem sido um facto.

O vice-governador do Uíge para o Sector Económico e Produtivo considerou, entretanto, ser necessário fazer mais investimentos privados, a introdução de novas técnicas e tecnologias, defendendo, também, a criação de parcerias para o desenvolvimento do potencial agrícola da região.

Fonte: JA

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Angola sobe no rating da S & P

A agência de ‘rating’ norte-americana reviu em alta a classificação da dívida de Angola para 'BB-' e conferiu um ‘outlook’ estável para o país.

A Standard & Poor's (S&P) revelou hoje que aumentou em um nível o ‘rating' da dívida de longo prazo de Angola de 'B+' para 'BB-' por considerar que a situação orçamental e comercial do país "registou um rápido fortalecimento, que foi sustentado pelos elevados preços do petróleo e, também, pelas reformas estruturais realizadas".

Além disso, os especialistas da agência de notação norte-americana consideram que Angola realizou "um progresso substancial na clarificação dos atrasos com os seus fornecedores acumulados em 2008 e 2009".

Como parte dos esforços realizados para fortalecer a gestão das finanças públicas, a S&P refere que o governo também implementou alterações nos procedimentos orçamentais com o intuito de prevenir a acumulação futura de dívidas.

Por estas razões a S&P classificou a dívida soberana de longo prazo em moeda estrangeira e em moeda local com um ‘rating' de 'BB-' e conferiu um ‘outlook' estável para o país. Recorde-se que a Fitch, a 24 Maio, também já tinha revisto o ‘rating' de Angola para 'BB-'.

Desta forma, o país liderado por José Eduardo dos Santos desde 1979 apresenta agora um ‘rating' de uma nota superior ao da Nigéria, o seu maior concorrente na região, e de apenas três níveis inferior ao ‘rating' de Portugal.

Todavia, a equipa de especialistas da S&P não deixa de referir que "o nível de prosperidade (medido pelo PIB ‘per capita') excede em larga medida o ‘rating' de ‘BB-' conferido a outras economias com Bangladesh, Mongólia e Vietname, apesar de notarmos que existe uma larga disparidade de rendimentos em Angola".

Fonte: Jornal Economia

Coperação Angola e Alemanha

Angola continua a ser um parceiro importante para a Alemanha, mas muito ainda pode ser feito no âmbito da cooperação entre os dois países, disse a Chanceler da Alemanha Ângela Merkel, na manhã de Quarta – feira,

Àquela entidade falava por ocasião da abertura do Fórum empresarial Angola – Alemanha, que acontece numa das unidades hoteleiras de Luanda, com a presença de membros de grupos empresariais alemães, da Ministra da Agricultura da Alemanha, Vice – ministros da Economia, e outros representantes do sector económico daquela potência europeia.

Na sua comunicação, a Chanceler manifestou o seu conhecimento em relação ao interesse de grupos de empresários do seu país, de ampliar as suas relações económicas com Angola. A Governante estendeu também o seu agradecimento ao ex. Ministro da economia alemã, por tudo que fez no âmbito do aprofundamento das Relações com Angola.

Ficou igualmente atestado no seu discurso que o delegado alemão do sector económico tem praticamente presença permanente em Angola, o que demonstra bem o nível desta relação estratégica que se pretende estabelecer entre os dois países. Foram igualmente apontados as várias fases marcantes nos últimos desenvolvimentos de Angola, como o alcance da paz em 2002, a realização de eleições legislativas em 2008, a aprovação da Nova Constituição da República em 2010, razão pela qual, disse, a estabilidade política é uma condição importante e necessária para que o desenvolvimento económico seja concretizado.

“Nós sabemos que nos últimos dez anos o produto interno bruto, praticamente, triplicou, hoje contamos novamente com o crescimento de 8 por cento, e pensamos que há muitas oportunidades para proporcionar as nossas relações no futuro, é claro que devemos concretizar tudo isso, cada projecto no tempo certo. Os representantes da minha comitiva já apresentaram várias ideias, falaram das possibilidades que vêem em Angola, e eu creio que a cooperação entre os nossos países, devemos denotar um crescimento no futuro”, disse Ângela Merkel.

Quanto ao desenvolvimento de Angola, atestou, ainda há uma grande via no campo da educação, formação profissional, e construção de infra – estruturas, por isso, o alcance da cooperação entre Angola e Alemanha deve ser mais fácil.

“Se nós pudéssemos, enviaríamos um avião cada dia, e não dois por semana, isso para dar oportunidade a várias pessoas de conhecerem ainda mais o vosso país”, frisou.

Ângela Merkel anunciou que a Alemanha tem novidades em termos de energias renováveis, meios pelos quais se poderão prestar apoio à Angola, para que a aposta não seja apenas feita ao nível do gás, e sim que se utilize tecnologias verdes, para além de outras empresas que têm tecnologias boas, e que fazem parte da delegação económica.

Desta feita, afiançou, há todo interesse em apostar em novas tecnologias, fibras de vidro, banda larga, equipamentos para escolas, bem como apoio no sector da defesa da marinha angolana.

“A longo prazo os angolanos só terão um bem – estar se houver uma boa conjugação de progresso económico e justiça social. Com o seu modelo da economia social de mercado, a Alemanha, fez muito boas experiências, e após a segunda guerra mundial, também o nosso país esteve destruído e dividido, muitos angolanos estiveram na antiga RDA, e nós sempre conseguimos com auto-confiança fazer com que o nosso país avançasse é isso que desejamos também para Angola e para os angolanos, que haja bem – estar para o Mundo, para este maravilhoso país”, concluiu.

Fonte: RNA